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PREDADORES
PREDADORES * Sandra Silva A reforma agrária é uma nobre causa quando busca assentar em lugares próprios gente produtiva, capaz de transformar a si e o seu entorno e as vezes até muito além. As grandes nações viram essa necessidade e deram a atenção responsável que a situação exigia no tempo adequado inclusive para garantir a própria alimentação das populações de seus territórios. No Brasil, as grandes extensões de terra, o solo fértil e o clima definido para grande número de culturas não foram argumentos suficientes para seus administradores perceberem que deveriam planejar e estruturar ações concretas entregando aos grupos humanos que sabem cultivar a terra áreas que lhes possibilitasse crescer economicamente auxiliando o país a ser um grande produtor e exportador de matéria alimentar. O ente público ao longo do tempo fez discursos demagógicos e oportunizou que surgisse um movimento social daqueles que buscavam terras para cultivar e sobreviver. Mas a colméia que era para produzir foi se tornando violenta e pouco dada ao princípio inicial arregimentando para suas fileiras quem nada tinha de conhecimento agrário. E o que era para ser vetor de crescimento e equilíbrio social acabou se transformando numa troupe de baderna. O atual movimento dos sem terra não tem mais sublimes intenções porque ninguém há de entender como nobre um movimento que invade, depreda, queima, destrói e arrasa. Ainda existem muitos que justificam os atos de vandalismo que tem sido praticados, mas a tendência é que com informações cada vez mais claras sobre as ações predatórias e o mau uso de volumosas quantias do dinheiro público que chegam à organização, a sociedade perceba que a bandeira de defesa do movimento não é bem aquilo que expõe como objetivo. Com raras exceções os assentamentos dos trabalhadores sem terra obtiveram sucesso. Os milhões de reais endereçados a manutenção dessas áreas agrícolas estão enterrados sem qualquer probabilidade de resgate. Tudo virou engodo. Resta a dúvida, cada vez mais crescente, que o movimento não quer reforma agrária, mas a tomada do poder. Seus integrantes ainda não usam armas porque sabem que a sociedade brasileira não acolhe guerrilha. Seus instrumentos visíveis são foices, pás e enxadas. Mas tem a arma da infiltração em todas as áreas e pode estar corroendo vidas e mentes com suas sabidas pregações de um modelo anacrônico e comprovadamente ditatorial. Alguns poucos que seriam verdadeiramente colonos estão subjugados por leis próprias do movimento. Ameaçados na maioria das vezes, permanecem silentes, caminhando desgarrados por estradas, até o momento de um novo achaque ao patrimônio público ou privado. Os significativos estragos causados pelo movimento sempre são pagos por nós, cidadãos corretos e obedientes às normais coletivas. Ele (o movimento) sequer é indiciado. Existe de fato, mas não de direito e disso se aproveita. Nos esbulhos em fazendas e chácaras do Rio Grande do Sul secaram açudes, derrubaram cercas, furtaram madeiras, ameaçaram empregados rurais, incluindo as mulheres trabalhadoras, arrancaram pés de culturas que floresciam, carnearam gado, galinhas, patos, destruíram estacas divisórias e exterminaram muito da fauna silvestre que desapareceu em muitas das áreas por onde permaneceram acampados. Em outras unidades federativas tiveram atitudes semelhantes, incluindo a destruição de milhares de pés de laranjeiras. Não dá para aceitar nem favorecer qualquer ação do movimento enquanto manter essa postura e criar situações de insulto à sociedade com seus atos desusados e criminosos. ...


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