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Intolerâncias
Intolerâncias * Sandra Silva Marta Suplicy (PT-SP) derrapou no asfalto do preconceito. De muitas personagens políticas poder-se-ia esperar manifestações de natureza preconceituosa, mas de Marta Suplicy, não! Tanto quanto o ex-presidente Fernando Henrique, mandou esquecer tudo o que tinha dito e escrito. Certamente não mais se recupera dessa queda, enquanto o solteiro Gilberto Kassab (DEM-SP) vê sua preferência crescer em linha progressiva. A candidata à prefeitura da maior cidade brasileira continua negando que tenha consentido na veiculação de um vídeo que subliminarmente quis atribuir ao candidato oponente à condição de homossexual. Pior a emenda, pois qualquer candidatura majoritária para uma metrópole como São Paulo não pode ter um candidato que deixe por conta e risco do marqueteiro a sua campanha sem sequer lhe pedir uma pauta do que pretende fazer. Por outro lado o contratado não pode ignorar o passado do cliente e a defesa de suas teses o que lhe colocaria em situação de despreparo, o que não deve ser o caso do festejado marqueteiro de Marta. O que restou da inconseqüência foi um desastre mortal. Na ânsia pelo poder Marta Suplicy incendiou seu próprio passado e junto incinerou sua pretensão de voltar a governar a cidade de São Paulo. Por outro lado, no Rio Grande do Sul um cidadão escreve artigo questionando o gestual delicado de certos dançarinos de invernadas artísticas vinculadas aos Centros de Tradições Gaúchas. Nova celeuma ou preconceito também? O presidente do MTG, em momento infeliz chega a dizer ?que Deus me tire a vida se o MTG virar isso?. Felizmente a palavra hígida do presidente do IGTF, Manoelito Savaris, foi clemente e ponderada. As entidades tradicionalistas têm admiradores de todos os matizes sociais, políticos, religiosos, raciais e também com preferências sexuais diversas. Aliás, como qualquer outra associação ou entidade, escola ou empresa. Em qualquer lugar, incluindo a própria família, há héteros e homos, sejam do gênero masculino ou feminino. Não dá mais para fazer de conta que isso não existe ou que só acontece com os outros, nas novelas ou nos filmes. Mesmo havendo vedação constitucional a questão do preconceito é cultural e ainda vai perdurar por bastante tempo. Veja-se exemplo na questão do negro. Incontáveis brancos praticam atos bastardos, mas basta um negro dar uma deslizada para as pessoas caírem de açoite apontando como causa a inferioridade racial. Relacionamentos íntimos entre brancos e negros hoje já são bastante comuns, mas o aceite ainda vem carregado de sabor amargo. O preconceito é um olhar vazio, fútil, hipócrita, que só vê o que se exterioriza, enquanto o que importa na pessoa é o caráter e sua bagagem de honestidade, grandeza moral, ética, solidariedade, firmeza, respeito pelos outros. * E-mail: sandra.silva@brturbo.com.br ...


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