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Os números do Papa
* Por Mario Eugenio Saturno Os resultados alcançados pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013) surpreenderam a todos, e antes mesmo de começar, já que, usualmente, precisa-se de três anos para organizar, mas o Comitê Organizador Local (COL) o fez em dois para evitar coincidir com a Copa de 2014. Palmas para Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do COL. A estimativa é de que o evento tenha custado R$ 350 milhões, sendo que cerca de R$ 250 milhões pagos pela Igreja e patrocinadores, o restante foram recursos públicos, como, por exemplo, o policiamento. O público estimado na Missa de Envio foi de até 3,7 milhões de pessoas, seis vezes maior que o número de presentes na Missa de Abertura. E o impacto econômico foi muito expressivo, estimado em até R$ 1,8 bilhões. Aconteceram eventos em Copacabana, Quinta da Boa Vista, Rio Centro e em diversas paróquias da cidade. A cerimônia de acolhida do Papa, na quinta-feira, 25, reuniu 1,2 milhões de pessoas em Copacabana, enquanto a Via-Sacra teve 2 milhões na sexta-feira, 26. Na vigília, cerca de 3,5 milhões de jovens estiveram na praia de Copacabana. A JMJ teve 427 mil inscrições, peregrinos de 175 países. Um dado impressionante foi a quantidade de peregrinos hospedados em casas de família e instituições, 356.400. Entre os peregrinos inscritos, 55% são do sexo feminino; 60% do público com idade entre 19 e 34 anos. Foram ainda 644 Bispos inscritos, dentre estes, 28 Cardeais, e ainda 7814 sacerdotes e 632 diáconos. E para cobrir o evento, foram credenciados 6,4 mil jornalistas de 57 países. O evento também contou com 60 mil voluntários. Apesar dessa massa, a geração de lixo foi inferior a outros eventos que acontecem em Copacabana, como o Réveillon. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) removeu 345 toneladas de resíduos orgânicos e 45 toneladas de materiais recicláveis, cerca de 10% a menos do registrado na noite do último Ano Novo. O Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur) fez uma pesquisa junto a 500 peregrinos, entre os dias 23 e 28 de julho e constatou que 89% deles ficaram satisfeitos ou muito satisfeitos com o que viram no país. E quase todos os turistas estrangeiros querem voltar. Sem contar que cerca de 80% vieram para o Brasil pela primeira vez. Pela pesquisa da Embratur, a maioria era de argentinos (40,5%), seguido do Paraguai (9%), Chile (8%), Colômbia (7,6%), Peru (4%), México (3,6%), Bolívia (3,2%), Espanha (1,7%), e EUA e Itália, com 1,5% cada. Os peregrinos foram mais generosos com a cidade, elogiaram serviços que compunham o rol de preocupações das autoridades brasileiras. Diferentemente de outra pesquisa junto aos turistas estrangeiros que estiveram na Copa das Confederações, em junho deste ano. Para os peregrinos A sinalização foi considerada como ótima ou boa por quase 80% e mais de 76% dos estrangeiros elogiaram os aeroportos. E não nos esqueçamos que esses eventos internacionais atraem novos turistas. E, certamente, muitos dos que vieram, daqui alguns anos estarão em situação financeira melhor, não só voltarão, como ficarão em hotéis. O Ministério do Turismo deveria trazer o Papa todo ano ao Brasil, é um ótimo investimento. *Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano. ...


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